FAAAAALA, músico!
Seja bem vinda! Seja bem vindo aqui no portal da música brasileira no seu celular!
Hoje eu quero falar contigo que tá começando a estudar música, ou que já toca mas nunca estudou teoria musical!
Aqui mesmo no nosso portal, temos um post que fala justamente quais são os benefícios do músico que estuda teoria musical.
Depois que terminar esta aula, acesse o post:
Bem, mas por onde começar a estudar teoria musical?
Essa é uma pergunta padrão. Todo mundo faz!
Mas a primeira pergunta a se fazer é: Por que estudar teoria musical?
O post citado acima vai te mostrar 7 benefícios do músico que estuda a teoria musical, mas é claro que estes não são os únicos.
Aqui, pra gente ter uma visão ampla do propósito desse estudo, eu vou dizer 3 pontos que eu acredito, são de suma importância para a formação de qualquer músico, seja ele alguém que almeja ser um profissional, quanto alguém que tem na música apenas um hobby!
- ENTENDIMENTO AMPLO DE MÚSICA
Não quer dizer que não se possa fazer música, e músicas muito boas, sem conhecimento musical.
Se você nasceu gênio e tem uma aptidão fora da curva, acima da média, aí com certeza você conseguirá!
Porém, a grande maioria não é genial, não tem uma aptidão acima da média – e eu falo por mim – e aí, o que nos dá recursos pra criarmos música de qualidade é estudar música.
Com o estudo da teoria musical o músico consegue entender de maneira mais ampla o contexto geral da música que está ouvindo, conseguindo perceber coisas que acontecem na música pra conseguir se relacionar com ela de maneira mais sólida.
Além do que, um músico melhor preparado consegue desenvolver diferentes habilidades dentro da música, que podem ir muito além do tocar um instrumento.
Por exemplo, dar aulas, escrever ou transcrever músicas, criar arranjos ou composições para fins específicos como trilhas, filmes, etc.
- MELHOR COMUNICAÇÃO ENTRE MÚSICOS
Saber falar um idioma abre muitas portas em vários aspectos, não é mesmo?
Posso dizer por experiência própria, que falar outros idiomas nos livra de vários problemas em situações até simples.
Na música não é diferente!
O músico que não estuda música é um analfabeto musical e certamente terá maiores dificuldades de passar e receber informação.
Quando você entende o que está tocando, sua leitura da música muda pra sempre! E não estou falando de leitura de partitura, mas sim, da leitura do que acontece quando a música tá rolando.
De forma geral, a comparação com o aprendizado de um novo idioma que não seja o da sua língua mãe, aprender teoria musical vai te permitir ter fluência e falar o idioma dos músicos!
- FACILIDADE NA TROCA COM OUTROS MÚSICOS
Não importa se o músico com quem você está tocando também sabe teoria musical, ou não!
Se VOCÊ domina o idioma musical, você sempre terá facilidade em se relacionar com outros músicos na hora de tocar, ensaiar, gravar, compor…
Você terá sempre uma vantagem por conhecer melhor a linguagem musical, na hora de se relacionar com outros músicos.
Essa facilidade te trará mais confiança, mais tranquilidade na hora de atuar musicalmente.
Como eu disse, e nunca podemos generalizar, mas de maneira geral, é vantajoso para o músico, saber sobre música!
Agora, a pergunta que não quer calar:
“Por onde começar a estudar teoria musical?”
1. O BÊ, A, BÁ DA TEORIA MUSICAL!
A primeira coisa que você deve estudar é o Bê, a, bá: As notas musicais, o que é intervalo musical e os acidentes musicais.
Com estes três tópicos bem entendidos você já vai dar um salto na sua evolução.
Se você tiver um professor para exemplificar no seu instrumento, esses assuntos, aí você vai voar!
O que pra alguns pode parecer simples, pra muitos outros é novidade então, deixo aqui uma filosofia de ensino que compartilho com meus alunos há mais de 20 anos, com resultados excepcionais:
O aprendizado de música deve vir em uma ORDEM CRONOLÓGICA aonde os conteúdos anteriores sempre dão entendimento ao que vem depois.
Por isso, é muito importante que cada conteúdo esteja no lugar certo e não, tudo bagunçado como temos aí pela internet…
Aliás, é por isso que a grande maioria das pessoas não consegue aprender música de verdade só consumindo conteúdos pela internet: por que tá tudo fora de uma ordem cronológica apropriada.
Dito isso, vamos ao que interessa!
2. AS NOTAS MUSICAIS
São apenas sete e obedecem a SUCESSÃO NATURAL DOS SONS, ou seja: elas sempre aparecem nessa ordem, nunca diferente!
C – Dó
D – Ré
E – Mi
F – Fá
G – Sol
A – Lá
B – Si
Começamos na nota Dó (C) por que é a escala mais simples, que não possui nenhum acidente musical e, portanto, facilita o entendimento de todas as escalas em todos os tons.
Mas isso é assunto para outro momento, pois como eu mencionei, é importantíssimo que os conteúdos musicais apareçam em uma ordem cronológica apropriada!
3. INTERVALOS
O que são intervalos, em música?
Não tem a ver com tempo e nem ritmo, mas sim, com as distâncias entre as notas.
O menor intervalo que temos na música ocidental é o SEMITOM, ou MEIO TOM.
No piano equivale ao salto de uma tecla para a outra imediatamente acima (mais aguda) ou abaixo (mais grave).
No cavaquinho, bandolim, violão e outros instrumentos de corda, é o salto de uma casa.
Detalhe: Quando estamos tocando uma corda solta, e queremos tocar 1 semitom acima, devemos tocar na mesma corda, pressionando a 1ª casa .
Quando estamos no movimento descendente e tocamos uma nota na 1ª casa e queremos tocar 1 semitom abaixo, devemos tocar aquela mesma corda solta!
Em diferentes instrumentos, a maneira como produzimos os sons, as notas musicais, são distintos porém, a forma como ouvimos as notas é a mesma.
Cada nota musical soa em uma frequência medida em Hertz e, independente do instrumento, a som vibra na mesma frequência para a mesma nota. O que mudará é o timbre.
Acima do semitom temos o TOM, ou 1 TOM, que é o equivalente a 2 semitons e nos instrumentos de cordas, é igual ao salto de 2 casas, tanto ascendente quanto descendentemente.
Acima disso, podemos chamar os intervalos usando frações ou inteiros. Veja:
1 semitom = meio tom
2 semitons = 1 tom
3 semitons = 1 tom e meio
4 semitons = 2 tons
5 semitons = 2 tons e meio
…e assim por diante!
4. ACIDENTES MUSICAIS
Os acidentes musicais são sinais utilizados ao lado das notas musicais, para indicar alterações nessas notas.
Como você já sabe, as notas musicais são C, D, E, F, G, A, B.
Agora vamos ver exemplos de como funcionam os acidentes musicais:
SUSTENIDO
O sustenido é um acidente musical que faz com que o som (nota musical) suba meio tom, ficando mais aguda.
DOBRADO SUSTENIDO
O dobrado sustenido, como o nome indica, é um acidente musical que faz com que o som (nota musical) suba 1 tom, ficando mais aguda.
BEMOL
O bemol é um acidente musical que faz com que o som (nota musical) desça meio tom, ficando mais grave.
DOBRADO BEMOL
O dobrado bemol, como o nome indica, é um acidente musical que faz com que o som (nota musical) desça 1 tom, ficando mais grave.
BEQUADRO
O bequadro é um acidente musical que serve para anular totalmente qualquer um dos acidentes anteriores.
Ou seja, se você vê uma nota C# e logo após, um C♮ , significa que o segundo C é natural e não mais, meio tom acima!
Isso ocorre porque na partitura, quando você escreve uma nota com acidente, todas as demais notas devem ser tocadas respeitando este acidente até o final do compasso. A não ser que apareça um bequadro!
Veja o exemplo abaixo:
5. SALTOS E DISTÂNCIAS ENTRE AS NOTAS
Pra facilitar a sua visualização no piano, cada tecla branca representa uma nota diatônica: C, D, E, F, G, A, B.
Já as teclas pretas são as notas com acidente: C#, Db, D#, Eb, F#, Gb, G#, Ab, A#, Bb.
Então, usando o teclado do piano, pra facilitar o seu entendimento, vamos tocar 3 intervalos diferentes, partindo da nota Dó (C);
Tomando a nota Dó (C) como base, temos um salto do Dó (C) para o Mi (E) mais agudo.
Depois temos o salto do Mi (E) para o Lá (A) mais agudo.
Intervalo em música é justamente a distância entre dois sons.
Dos intervalos citados acima, qual deles é maior: o de Dó (C) pro Mi (E) ou do do Mi (E) pro Lá (A)?
Antes de responder, é preciso mencionar que no piano, as teclas brancas são as notas diatônicas e as teclas pretas são as notas com acidente.
Resposta: o intervalo de Dó (C) pra Mi (E) tem 2 tons (C3, D, D# e E). Já o intervalo de Mi (E) pra Lá (A) tem 2 tons e meio (F, F#, G, G# e A).
Agora responda o seguinte:
Qual intervalo é maior: o intervalo de Dó (C) pra Lá (A) ascendente (subindo do grave pro agudo) ou o intervalo de Dó (C) pra Lá (A) descendente (descendo do agudo pro grave)?
Resposta: O maior intervalo entre Dó (C) e Lá (A) é o ascendente pois possui 4 tons e meio (C#, D, E, F, F#, G, G# e A), enquanto o intervalo descendente tem apenas 1 tom e meio (B, Bb e A).
Agora experimente tocar estes mesmos intervalos no seu instrumento. Veja como funciona a mecânica e encontre as notas na escala do instrumento.
Esse exercício é fundamental independente do gênero musical ou do instrumento que você toca.
Esses fundamentos te darão uma noção muito mais ampla da música que você pode fazer, pois te mostram aonde as notas estão ao longo da extensão do instrumento musical que você toca.
É claro que existem muito mais assuntos pra tratar em teoria musical!
Aqui te dou apenas uma base pra você começar a ter uma boa noção sobre música duma forma geral.
Eu espero que você tenha aproveitado essa aula!
E se voc6e quiser se aprofundar, dominar a teoria musical pra saber como utilizar esse conhecimento pra fazer música na prática, então eu deixo aqui embaixo o meu curso GUIA PRÁTICO DE MÚSICA onde eu te ensino apenas o que é necessário pra voc6e entender a música e aplicar na prática de tocar!
Não é um curso de teoria comum, é uma filosofia e uma didática totalmente aplicada à pratica musical então, todas as informações são associadas ao tocar o instrumento!
Eu tenho certeza que você vai adorar e vai voar, estudando esse conteúdo.
Espero te ver lá na primeira aula…
E aí, bora estudar?