FAAAAALA, músico!
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Hoje vamos falar sobre qual é a melhor palheta para tocar o bandolim brasileiro. Você deve ter ou já ter tido essa dúvida. Isso eu aposto!
Agora, me diz lá nos comentários depois de ler este artigo, se você é do tipo de músico que vai em busca da melhor palheta, ou se é daquele que não se importa muito e toca até com palheta recortada da tampa de margarina? 😁
É só uma curiosidade! Nada demais… Pode ser sincero, viu! kkk
A gente sabe que o que importa na música de verdade, é o seu conhecimento e a sua emoção ao tocar. Quando você essas duas coisas, a música que sai certamente será emocionante e de qualidade!
Muitos músicos brasileiros criaram obras de arte nos tempos antigos, tocando em verdadeiros “paus com corda”, sem nenhuma qualidade do equipamento!
E eu falo desde cordas, palhetas, dedeiras, captadores, até os próprios instrumentos que eram ruins…
E o legal é percebermos que isso não diminui a genialidade destes caras que criaram verdadeiras obras de arte com sua simplicidade e rusticidade.
Porém, hoje já não vivemos há 50, 70, 100 anos atrás, quando não se tinha muita opção, não é mesmo!?
Hoje em dia temos muitas possibilidades em muitos aspectos da música!
Temos excelentes instrumentos, dentro e fora do Brasil, afinal de contas, por aqui, temos luthiers muito talentosos que criam verdadeiras obras de arte com suas mãos.
Temos muitos tipos de equipamento e temos a possibilidade de encontrar tudo isso, dentro e fora do Brasil, através da internet.
E já que temos tantas possibilidades, é natural que a gente busque uma qualidade maior em nossos equipamentos musicais, para que possamos fazer música com maior qualidade.
Pensando nisso, hoje vou compartilhar aqui com você 7 tipos de palhetas que eu já experimentei e portanto, eu recomendo aos meus alunos de bandolim, e delas, qual é a melhor, na minha opinião e por que.
Lembre-se que há o fator ‘gosto pessoal’ na equação e que o que vou falar aqui não é nem deve ser tratado como unanimidade, ou como uma lei universal e imutável.
É apenas a minha opinião e o meu gosto pessoal, que eu vou embasar e fundamentar para você poder entender, ok!?
Então vamos lá:
Qual a Melhor Palheta Pro bandolim?
1. OS TIPOS DE PALHETA
Ao longo do tempo, muitos tipos de palhetas com diferentes materiais, foram usadas por músicos de todos os instrumentos e gêneros musicais, aqui no Brasil e fora também.
Só para citar alguns tipos de palhetas feitas com diferentes materiais, deixamos aqui uma pequena lista, como você pode ver na imagem acima.
São palhetas feitas de metal, madeira, nylon, acrílico, plástico, vidro e até mesmo, as famosas e arcaicas, palhetas feitas de casco de tartaruga.
Uma curiosidade é que há muito tempo, era muito comum utilizar essas rústicas palhetas feitas com casco de tartaruga. Não é apenas um nome! Elas eram feitas do animal mesmo!
É claro que com o passar dos anos, isso caiu em desuso e com o avanço da tecnologia, temos uma infinidade de outros materiais que podem ser fabricados sem a necessidade de sacrificar as nossas queridas tartaruguinhas, né!
E o que você precisa se antenar, é que cada material vai oferecer características diferentes para se tocar o bandolim.
Das características que eu destaco e que influenciam na hora de tocar o bandolim, e estão relacionadas aos diferentes materiais das palhetas estão:
- Sonoridade/Timbre
- Resistência/Maleabilidade
2. SONORIDADE DAS PALHETAS
Os diferentes tipos de materiais encontrados nas palhetas para bandolim hoje, nos dão uma gama de possibilidades quando o assunto é a sonoridade ou o timbre que conseguimos tirar do bandolim.
Palhetas de metal e vidro soam um pouco mais estridentes, com um som mais metálico mesmo.
Já palhetas de madeira e nylon são um som mais “apagado”, menos estridente que as anteriores.
Já as palhetas de casco de tartaruga, dão um timbre mais equilibrado ficando no meio termo entre estridência e um som mais velado.
Por isso, é muito importante você observar o tipo de material da sua paleta, pois cada uma delas te dará uma sonoridade diferente no bandolim.
Quando você testa vários tipos de materiais nas palhetas, você começa a perceber essas nuances e diferenças, que as vezes são pequenas e sutis, mas que quando percebidos por você, ajudam a compor a sua sonoridade dando personalidade ao seu toque no bandolim!
Tanto a paleta, quanto as cordas certas, ajudarão a moldar o seu som, o seu timbre, a sua identidade como bandolinista.
Isso serve para outros instrumentos como cavaquinho, guitarra, violão, ou qualquer instrumento!
3. RESISTÊNCIA ou MALEABILIDADE DAS PALHETAS
É importante falar que diferentes materiais nas paletas de bandolim, te darão diferentes sensibilidades ao tocar, no que diz respeito à dureza, ou a moleza da palheta.
O ideal para o bandolinista moderno, é uma palheta que fique no meio do caminho entre maleável e firme. Não pode ser muito dura, nem muito mole!
Com uma paleta muito dura você terá dificuldade em tocar frases e músicas mais rápidas.
Além disso, elas darão maior resistência do atrito com a corda, podendo ocasionar que você quebre mais cordas ao tocar com uma paleta muito dura.
Já com uma paleta muito mole, você terá pouquíssima capacidade de trabalhar sons mais altos e mais baixos, ou seja, a dinâmica dos seus solos e acompanhamentos!
Uma paleta muito mole não te permite pressionar mais a corda quando você quer tirar mais volume do bandolim. E no geral, o seu som vai ser ‘magrinho’ e estridente!
No caso de uma paleta muito mole, o que vai quebrar com certa facilidade é a própria paleta, ao invés das cordas, uma vez que o fato de ela ser muito maleável a torna mais frágil nas cordas duplas e de aço do bandolim.
O ideal é você encontrar uma espessura e um material que combinados, te deem recursos tanto para os solos, quando para os acordes e acompanhamentos no bandolim.
Do contrário, seu timbre vai ficar pobre e sua interpretação, limitada.
4. QUAL A PALETA EU INDICO E POR QUÊ?
Dentre tantas e tantas paletas testadas, até as feitas de cartão de crédito fora da validade e de tampa de pote de margarina, eu encontrei a melhor paleta do mundo (na mina opinião) para se tocar bandolim!
⚠️ALERTA
ISSO NÃO É UMA PROPAGANDA PAGA!
(Bem que poderia ser…)
Mas falando sério agora!
A Jim Dunlop tem vários modelos de paletas porém, a que mais me agradou, em se tratando de sonoridade e de maleabilidade, foi a DUNLOP TORTEX AMARELA 0.73mm.
Uma das características que diferencia essa paleta de todas as outras que eu já testei no bandolim, é o fato de que ela não é feita de plástico, nem acrílico, nem vidro, nem metal, nem madeira, nem cartão de crédito vencido, nem tampa de pote de margarina, nem ao menos de casco de tartaruga (ainda bem!).
O material utilizado pela Jim Dunlop é o “Delrin”, que o diferencia no conforto, na sonoridade e na durabilidade.
Delrin, também conhecido como acetal ou polioximetileno (POM), é um termoplástico de engenharia com diversas propriedades vantajosas que o tornam ideal para a produção de palhetas de guitarra, como as famosas Jim Dunlop Tortex.
Características do Delrin:
- Alta resistência e rigidez: O Delrin garante durabilidade e resistência ao desgaste, mesmo com uso intenso, evitando quebras e deformações.
- Baixo coeficiente de atrito: Proporciona uma tocabilidade suave e precisa, com menos aderência à corda, facilitando a execução de técnicas complexas.
- Estabilidade dimensional: Mantém sua forma e tamanho mesmo em ambientes com variações de temperatura e umidade, garantindo precisão e consistência ao tocar.
- Fácil usinagem: Permite a criação de diferentes formatos e texturas nas palhetas, atendendo a diversos estilos musicais e preferências dos guitarristas.
- Aprovado pela FDA: O Delrin é um material atóxico e livre de BPA, seguro para contato com a boca, mesmo durante longas sessões de prática ou apresentações.
Conforme consta no próprio site da Jim Dunlop, veja uma tradução livre da descrição das palhetas Dunlop Tortex:
“Lançadas pela primeira vez em 1981, as palhetas Tortex® foram originalmente planejadas para substituírem as paletas feitas de casco de tartaruga. No entanto, a criação pioneira de Jim Dunlop tornou-se muito mais do que isso, estabelecendo a sua própria identidade e tornando-se o novo padrão e a referência para todas as demais paletas produzidas pela marca.
Com base na precisão, consistência e um sistema de medição com código de cores que ele introduziu com as palhetas de nylon, Jim resolveu criar uma palheta com um ataque brilhante e rápido, memória e durabilidade superiores e uma aderência aprimorada.
Ele escolheu o “Delrin” como material base e depois passou mais de um ano desenvolvendo um processo de tratamento especial para aproveitar todo o seu potencial.
Este processo de tratamento é o que diferencia as paletas Tortex® de todas as outras, proporcionando sua superfície fosca exclusiva que melhora a aderência e permite um ataque agressivo.
Finalmente, Jim expandiu o sistema de medidores codificados por cores de suas escolhas anteriores para criar a paleta brilhante e atemporal que se tornou um padrão da indústria.
Com a Tortex, Jim Dunlop lançou uma revolução e o mundo das palhetas nunca mais foi o mesmo. O logotipo da tartaruga é instantaneamente reconhecido em qualquer lugar e a vibrante paleta Tortex® tornou-se praticamente uma unanimidade.”
Na prática, a palheta Dunlop Tortex, graças a este material inovador, dá ao bandolinista algumas características que outras paletas não dão, tais como:
- Altíssima durabilidade;
- Timbre muito bonito, sem ser estridente, nem sobrar agudos irritantes;
- Não deixa serrilhado, o que evita atrito e agarre na corda;
- Evita quebrar as cordas do bandolim com facilidade;
- Tem uma maleabilidade ideal pro bandolinista pois permite solo e acompanhamento com a mesma firmeza e desenvoltura.
A espessura que eu utilizo é a 73mm ou, simplesmente a Dunlop Tortex AMARELA!
Cada espessura tem uma cor de referência e a famosa “amarelinha” é a ideal para o bandolim, tanto nos solos, quanto nos acordes para acompanhamento!
Agora que você já sabe qual paleta e por que eu tenho a Dunlop Tortex Amarela como a melhor paleta para tocar bandolim, falta você escolher o melhor formato para você.
Sim! Existem vários formatos e aí, o seu gozo e pegada irão determinar qual deles é melhor para a sua forma de tocar.
Isso vai depender muito da sua pegada e da maneira como prefere segurar a palheta. Portanto, sabendo que a Dunlop Tortex Amarela é a que eu uso e recomendo, veja abaixo o formato que eu utilizo e as variações que você pode testar para escolher a que melhor se encaixa no seu jeito de tocar.
5. A MINHA PALHETA PREFERIDA PARA TOCAR BANDOLIM (MINHA RECOMENDAÇÃO PRA VOCÊ)
Essa é a mina paleta preferida, como você já sabe, que é a Jin Dunlop Tortex Amarela (73mm).
E esse é o formato que eu utilizo porém, deixarei aqui embaixo alguns outros formatos disponíveis, para você testar e ver com qual você se adapta em sua pegada bandolinística!
Agora que você já sabe qual é a melhor paleta – pelo menos, na mina opinião – para o bandolinista, adquira os diferentes formatos e veja qual é o que mais se adequa ao sei jeito de tocar bandolim!
Faça testes de sonoridade, de resistência, de durabilidade, etc… E confirme o que eu disse aqui, na prática.
Eu tenho certeza que se você ainda não utiliza a Dunlop Tortex, você vai dar um UP na sua sonoridade e na pegada no bandolim .
Se você quiser adquirir as Dunlop Tortex Amarela, na versão STANDART, deixarei aqui abaixo um link para você comprar por um preço 5x mais em conta que nas lojas da sua cidade!
E pra você ver e ouvir na prática tudo que falei aqui, sobre a mina preferida, assista ao vídeo abaixo!
Não esqueça de deixar um comentário dizendo o que você mais gostou dessa aula, aqui no final da página. Pra gente, é muito importante ouvir você!
E aí, bora tocar?