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Como Montar a Escala Maior Natural e Acabar de Vez Com a Decoreba

FAAAAALA, músico!

Seja bem vinda! Seja bem vindo aqui no portal da música brasileira no seu celular!

Hoje eu quero te ensinar a como montar a escala maior em qualquer tom pra você começar a entender a música de maneira mais ampla e poder transpor para qualquer tom sem usar decoreba!

Como vocês sabem, decoreba é uma estratégia que te emburrece e te trava. Se não agora, logo ali na frente, justamente quando você tiver uma técnica mais desenvolvida e quiser voar!

O grande problema no início do aprendizado musical é que, como você não tem ainda noção de nada, qualquer informação que você receba parece ter valor.

Porém, muitos por aí ensinam com base em decoreba, fazendo de tudo pra dar aquilo que o aluno quer, que é facilidade, porém, sem nenhuma vantagem pro aluno!

O problema da decoreba é que ela vai te emburrecer.

Vai te dar uma falsa sensação de que está aprendendo rápido no início, mas com o passar do tempo, conforme a sua técnica vai evoluindo te facilitando tocar o seu instrumento, o fato de basear seu estudo em decoreba vai te cobrar a conta…

Vai se tornar difícil conseguir entender o que está tocando, você esquece mais do que lembra das coisas e seu desenvolvimento musical trava e você se frustra!

O problema da decoreba é que você não consegue relacionar o que está decorando, com nada que te dê contexto.

Já quando você estuda com um bom professor, um bom mentor, ele te ajuda a entender sobre música sempre de maneira cronológica, aonde o que voc6e aprendeu antes dá contexto pro que vem a seguir.

 

Bom, mas os seus problemas acabaram!

Hoje, aqui nesta aula, você vai aprender da maneira certa, a como montar a escala maior e assim, nunca mais se esquecer do que precisa tocar!

Uma coisa muito comum quando começamos a estudar as escalas e o campo harmônico, é que alguns tons são mais usados que outros.

Em geral, os tons com menos acidentes como Dó maior (nenhum acidente), Ré Maior (dois sustenidos), Sol Maior (um sustenido), Fá Maior (um bemol), por exemplo.

Já outros tons como Fá sustenido maior (seis sustenidos), Si maior (cinco sustenidos), Ré bemol maior (cinco bemóis), Sol bemol maior (seis bemóis), por exemplo, como têm muitos acidentes, fazem aquele músico mais desavisado se dar mal na hora de tocar.

Outro fator que prejudica demais nestes casos, é que quando você fica baseando o seu estudo em decoreba, você esquece das coisas e fica “com as calças na mão”, como se diz na gíria!

A gente tem que saber tocar em qualquer tom. Não tem jeito!

Uns em que tocamos mais, teremos mais intimidade, mesmo assim, não dá pra querer tocar sem saber tocar em um tom apenas que seja. Precisamos estar preparados.

E pra estarmos preparados, não podemos ficar na decoreba, pois isso é inútil a longo prazo.

Eu vou te ensinar aqui a como montar as escalas maiores em todos os tons, pra que você não seja surpreendido na hora de tocar num tom com mais acidentes.

Bora lá?!

 

1. O QUE SÃO ESCALAS MUSICAIS?

 

001 O que sao Escalas Musicais MusicaBrasileira.Online

As escalas musicais são uma série de sons, ascendentes ou descendentes, que são a espinha dorsal da música.

Quando falamos em música – exceto a parte rítmica – tudo provém das escalas: melodias, acordes, campo harmônico, harmonia funcional, improvisação, condução de vozes, orquestração, etc…

Tudo vem das escalas!

Por isso, é imprescindível você saber montar as escalas musicais em qualquer tom, pra poder tocar sem dificuldades e nunca ficar perdido, mesmo quando tiver que tocar em tons com maior número de acidentes.

Os sons se relacionam exatamente da mesma forma em todos os tons, facilitando nosso entendimento nos dando um “molde”, um “template” que serve para a transposição qualquer tom.

Uma vez que você entende esse template, você consegue transpor pra qualquer tom sem dificuldades.  

Vamos explorar a construção das escalas como uma maneira de entendermos a relação entre os sons através da associação com os graus.

Mais tarde certamente isso irá proporcionar um entendimento mais amplo e claro de música como um todo.

Eu vou te ensinar a pensar e ouvir os GRAUS evitando ficar apenas na decoreba de “sequências”, “desenhos”, “quadradinhos” e outras formas de estudo superficiais que mais te bitolam do que te ensinam alguma coisa… 

É fundamental que você saiba qual grau da escala você está tocando, ao invés de decorar sequências de notas!

Você sabendo o grau, compreenderá a distância que há entre estes graus e com isso, saberá qual nota deve ser tocada, de acordo com o tom em questão.

 

2. TOM E TONALIDADE

 

002 Tom e Tonalidade MusicaBrasileira.Online

A maioria da galera confundo essas duas coisas, mas na prática, são coisas diferentes.

TOM

Se refere a altura em que uma escala, música, é tocada.

Por exemplo: Um trecho da música Faixa Amarela (Zeca Pagodinho / Luiz Carlos / Jessé Pai / Beto Gago), no tom original da gravação do Zeca Pagodinho, em Ré maior.

 

A7                                D
Eu quero presentear
B7                                Em
A minha linda donzela
                                        A7
Não é prata, nem é ouro,
                                          D
É uma coisa bem singela
                   A7                                  D                        B7                      Em
Vou comprar uma faixa amarela bordada com o nome dela
                                           A7
E vou mandar pendurar 
                                  D
Na entrada da favela

 

Se você tocar essa mesma música no tom de Sol maior, você verá que a melodia não muda, apenas ela é tocada com as notas de outro tom, mas a relação entre os graus dessa escala é o mesmo.

Isso serve tanto para a harmonia (os acordes), quanto pra melodia.

Veja:

 

D7                                G
Eu quero presentear
E7                                Am
A minha linda donzela
                                        D7
Não é prata, nem é ouro,
                                          G
É uma coisa bem singela
                   D7                                  G                        E7                      Am
Vou comprar uma faixa amarela bordada com o nome dela
                                           D7
E vou mandar pendurar 
                                  G
Na entrada da favela

 

A primeira, no tom original de Ré maior, os graus do campo harmônico são os seguintes:

D = I grau
A7 = V grau dominante
Em = II grau
B7 = V grau dominante do II 

Já na versão em Sol maior, os acordes mudam mas os graus são os mesmos:

G = I grau
D7 = V grau dominante
Am = II grau
E7 = V grau dominante do II 

 

Portanto, TOM, se refere a altura em que a música é tocada.

No exemplo acima, temos a mesma música tocada em alturas (tons) diferentes: uma em Ré maior e a outra em Sol maior.

 

TONALIDADE

Quando falamos de tonalidade, estamos nos referindo à forma de uma escala.

Lembre-se que as escalas são uma sequência de sons, distribuídas em graus, obedecendo distâncias específicas entre estes graus.

Quando estas distâncias se mantém mudando a altura, temos tons diferentes.

Quanto essas distâncias entre os graus mudam, temos uma tonalidade diferente.

Por exemplo:

A escala de Dó maior até o III grau fica assim:

I        II        III
C       D       E

Já a mesma escala menor de Dó, o III grau muda, ficando meio tom abaixo do III grau da escala maior, mudando a ordem dos intervalos e, consequentemente, a tonalidade:

I        II        III
C      D        Eb

 

Então, pra resumir: TOM se refere a altura em que a música é tocada (C, D, E, etc…) e a TONALIDADE se refere à sonoridade dessa escala (maior, menor, dominante, diminuta, alterada, pentatônica, etc…)

 

 

3. ESCALA CROMÁTICA ENARMÔNICA

003 Escala Cromática Enarmonica MusicaBrasileira.Online

Para entendermos a Escala Cromática Enarmônica, sua importância e sua formação, precisamos entender 2 conceitos que estão no nome desta escala:

Cromatismo: É o movimento ascendente ou descendente por intervalo de semitom sem deixar nenhuma nota de fora entre a nota de partida e a nota de chegada, ou seja, é a escala todas as notas se sucedem por intervalo de semitom. Na prática, de casa em casa no braço dos instrumentos de cordas dedilhadas como o violão, cavaco, guitarra, baixo, ukelele, bandolim e outros.

Enarmonia: São notas com mesmo som, mas com nomes diferentes.

Exemplo: 

Toque a nota C (Dó) na primeira casa da segunda corda do violão e suba cromaticamente para a nota D (Ré) na terceira casa da mesma corda. 

Nesse movimento ascendente, teremos na segunda casa, a nota C# (Dó sustenido). 

Agora faça o movimento contrário (na descendente) da nota D (Ré) na terceira casa, descendo para a nota C (Dó) na primeira casa. 

Nesse movimento descendente, teremos na segunda casa a nota Db (Ré Bemol). 

Note que, tanto o C# quanto a nota Db encontram-se na segunda casa da segunda corda do violão, tendo portanto, o mesmo som! Porém, esse som pode ter nomes diferentes dependendo da situação. 

 

4. ESCALA MAIOR NAUTURAL

Como já dito anteriormente, o importante no estudo de escalas é, primeiro pensar nos graus, depois saber o intervalo que há de grau pra grau e por último, relacionar as notas com estes graus. 

Lembre-se que a ordem destes intervalos em diferentes combinações, muda a sonoridade da escala, podendo definir inclusive o seu modo (Maior ou Menor).

Sobre a ESCALA MAIOR iremos utilizar a sua forma NATURAL para começar nosso estudo.

A Escala Maior Natural é formada da seguinte maneira:

Graus e intervalos da escala maior natural

A escala que usaremos para exemplificar esta série é a de Dó Maior Natural. 

Utilizamos Dó maior para qualquer exemplo no modo maior, por ser a única escala que possui somente notas naturais, ou seja, sem nenhum acidente (nem sustenidos, nem bemóis), facilitando a sua análise.

Pra dar continuidade a essa aula, assista ao vídeo abaixo até final:

Então é isso! 

O que você precisava saber neste momento, está aqui nesta aula e eu espero que seja muito útil esse conhecimento e que nunca mais você fique perdido na hora de ter que tocar uma escala, independente do tom em que ela esteja.

Claro que isso é só o princípio e você pode se aprofundar e aprender com meu Guia Prático de Música, que é um livro digital com 113 páginas, mais um curso com 52 aulas explicando todo este conteúdo!

No meu Guia Prático de Música você aprenderá teoria musical entendendo como aplicar esse conhecimento na música que você toca.

Essa é uma oportunidade de dominar a música e parar de achar que está aprendendo com decoreba, que só te deixa na mão na hora H!

Se você me der essa chance, eu vou te ensinar da forma mais adequada, otimizada, simples e ao mesmo tempo, completa que você jamais vai encontrar por aí…

E aí, bora estudar?

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As músicas usadas nas transcrições das cifras e partituras estarão nessa playlist que será atualizada o tempo todo com novas músicas pra você curtir, aprender e tocar junto!

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