Nesse samba de Alcides Malandro Histórico e Monarco, temos mais uma vez aqui, a interpretação de Roberto Ribeiro.
Hoje aqui para você numa transcrição do disco MASSA, RAÇA E EMOÇÃO, lançado por Roberto Ribeiro em 1981.
Alcides Malandro Histórico, era o nome artístico de Alcides Dias Lopes, nascido na cidade do Rio de Janeiro em 17 de dezembro de 1909. Foi importante compositor e intérprete integrante da Velha Guarda da Portela.
Um dos maiores divulgadores póstumos da obra de Alcides foi Zeca Pagodinho, que gravou Dona do meu coração, Já sei de tudo, mulher, Meu tamborim e Vivo muito bem, entre outros.
Apesar de ter sido excelente intérprete e compositor, Alcides Lopes jamais gravou um disco individual. Os únicos registros disponíveis são duas participações ao lado de Dona Ivone Lara, nas músicas Quando a maré, de Antônio Caetano, e Já chegou quem faltava, de Nilson Gonçalves, presentes no disco Samba – Minha Verdade, Minha Raiz (Odeon, 1978). Como reconhecimento por sua contribuição à Portela, seu retrato foi incluído na galeria do Pavilhão de Canto do Portelão.
Monarco, chamado Hildmar Diniz, nascido também na cidade do Rio de Janeiro em 17 de agosto de 1933, era também compositor e intérprete integrante da Velha Guarda da Portela e discípulo de Paulo da Portela.
Em 1950, foi convidado a integrar a ala de compositores da Portela e foi também diretor de harmonia da escola. Nunca chegou a ganhar uma disputa de samba-enredo, mas conseguiu consagrar sambas “de terreiro” ou “sambas de quadra”, como são conhecidos aqueles executados nos ensaios e logo tornados emblemas do patrimônio cultural coletivo dessas associações. Um deles é “Passado de Glória”, que já foi “esquenta” (samba executado na área de concentração, pouco antes do desfile) da agremiação em diversos anos. Sua última disputa de samba-enredo foi em 2007, com seu filho Mauro Diniz e o presidente da Ala de Compositores da Portela, Júnior Scafura.
Em 1999 a cantora Marisa Monte convidou Monarco e a Velha Guarda da Portela para o CD Tudo Azul, de sua produção, que contou com participação de Paulinho da Viola e Zeca Pagodinho.
Monarco é conhecido por composto vários sambas de sucesso com diversos parceiros. Seu primeiro grande sucesso veio em 1973 quando Martinho da Vila gravou Tudo menos amor, canção de Monarco em parceria com Walter Rosa. Outro sucesso foi Lenço, interpretado por Paulinho da Viola.
Beth Carvalho gravou Obrigado pelas Flores, em 1979, música que Monarco compôs ao lado de Manaceia. Na voz de Zeca Pagodinho, vieram sucessos como Coração em Desalinho (1986) e Vai Vadiar (1998). Estas duas últimas músicas foram feitas em parceria com Alcino Correia Ferreira, mais conhecido como Ratinho.
Mais uma vez, a interpretação luxuosa é de Roberto Ribeiro!
Dicas para você que vai tocar essa música:
- Essa levada é a de samba de quadra/terreiro. A levada mais tradicional do samba;
- Pode ser tocada com a levada de partido alto, no estilo das músicas interpretadas pelo Paulinho da Viola;
- O tom deste arranjo na voz do Roberto Ribeiro é o de D (Ré Maior);
- A harmonia não é difícil, é até bem simples, porém os breques e retomadas é que são o segredo aqui. Fique ligado!
Esta cifra de samba para cavaquinho é uma transcrição do disco MASSA, RAÇA E EMOÇÃO, lançado no ano de 1981 pela EMI-Odeon | 31C 062 421225.
Também é uma cifra de samba para ser tocada no violão de 6 ou violão de 7 cordas, ou no bandolim e pode ser tocada em qualquer instrumento de acompanhamento como contrabaixo, piano, viola, banjo e outros…
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E aí, bora tocar?